Plataformas desenvolvidas pela RNP evoluem e proporcionam novos benefícios aos usuários

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Engana-se quem pensa que o trabalho da RNP está concluído quando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) realiza um evento de lançamento de uma nova plataforma desenvolvida pela organização. Pelo contrário! A partir daquele momento, a atenção é redobrada para observar a experiência e ouvir os usuários e, a partir dessas informações, buscar uma evolução contínua que proporcione cada vez mais facilidade e benefícios para aqueles os quais a solução foi desenvolvida.

O primeiro exemplo que trazemos para ratificar esse fato é o SiBBr. O Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira construído, implementado e operado pela RNP integra dados e informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas de diferentes fontes, tornando-os acessíveis para usos diversos.

Neste ano, a solução ganhou uma nova funcionalidade que expandiu seu escopo de atuação. Foram incluídos novos conjuntos de dados na plataforma sobre vigilância epidemiológica da Rede Nacional de Vigilância de Vírus em Animais Silvestres (Rede Previr MCTI). São quase 20 mil registros de coleta de amostras de animais silvestres realizadas em 18 meses.

Os dados da Rede Previr MCTI, que se dedica à vigilância epidemiológica de patógenos em animais silvestres com potencial de emergência para as pessoas, foram incorporados e disponibilizados no SiBBr de maneira célere graças ao desenvolvimento de um aplicativo, que facilita o registro e envio das informações de coleta pelos pesquisadores durante a pesquisa de campo. Eles registram dados como espécie capturada, local, data, método de captura, tipo de amostra coletada, sexo do animal, dentre outros. Essas informações, associadas à verificação da presença de vírus nos animais capturados, possibilitam o acompanhamento do aumento de zoonoses nas diversas regiões do Brasil. Além disso, a disponibilização desses dados possibilita a realização de outros estudos e ações de conservação.

Antes, o SiBBr contava apenas com conjunto de dados da fauna, flora e microrganismos, e, agora, passou a contar também com coleção de incidências virológicas.

Outro case de plataforma desenvolvida pela RNP em constante evolução é o do AdaptaBrasil MCTI. O Sistema de Informações e Análises sobre Impactos das Mudanças Climáticas tem o objetivo de consolidar, integrar e disseminar informações que possibilitem o avanço das análises dos impactos da mudança do clima, observados e projetados no território nacional, dando subsídios às autoridades competentes pelas ações de adaptação.

Assim como o SiBBr, a solução ganhou nova funcionalidade em 2022 que a ergueu a um novo patamar. Foram incluídos dados de saúde para apresentar índices e indicadores que são influenciados por mudanças climáticas. Neste primeiro momento, foram inseridas informações provenientes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) referentes à Malária. Outras doenças patogênicas serão incluídas gradativamente.

A evolução vai ao encontro das orientações que a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem difundido sobre a necessidade de direcionar avaliações e subsídios às políticas e programas no setor saúde para apoiar a tomada de decisão. Tendo acesso a esses indicadores, os profissionais que definem as diretrizes de prevenção de doenças cuja disseminação é impactada diretamente pelo clima conseguem elaborar um planejamento prévio das ações.

“Atuamos com foco no desenvolvimento e promoção de soluções digitais que contribuam diretamente com o desenvolvimento da pesquisa no país. A possibilidade de identificar continuamente pontes entre várias iniciativas, considerando as necessidades dos pesquisadores, agrega um valor ainda maior nessas ações” relata o diretor de Serviços e Soluções da RNP, Antônio Carlos F. Nunes.

Para fechar a trinca de soluções desenvolvidas pela RNP para o MCTI que evoluíram no primeiro quadrimestre de 2022, trazemos a PNIPE MCTI. A Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa tem o objetivo de mapear e reunir, de maneira sistemática, informações sobre a infraestrutura de pesquisa nas Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) no País, possibilitando o acesso da comunidade científica/tecnológica e de empresas às instalações laboratoriais e aos equipamentos de pesquisa existentes e promovendo seu uso compartilhado

Neste ano, foi incluída uma nova funcionalidade que permite o compartilhamento de infraestrutura entre os laboratórios brasileiros de pesquisa. A expectativa é que a nova possibilidade contribua para fomentar o potencial de inovação das infraestruturas de pesquisa, dando visibilidade junto às empresas das oportunidades oferecidas para melhorar seus produtos e desenvolver novas tecnologias em cooperação, aumentando a interação entre os setores acadêmico e privado e, por consequência, a articulação entre pesquisadores e empresas. Até o momento, 120 laboratório já aderiram à nova funcionalidade.