Conheça os Projetos Prioritários de Informática (PPI) da RNP que estão em andamento em 2023

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Os Programas e Projetos Prioritários de Interesse Nacional, chamado PPI, são projetos destinados ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação, considerados pelo CATI (Comitê da Área de Tecnologia da Informação) como estrategicamente relevantes ao país. Desde 2007, eles são geridos pela Facti – Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação.   

A RNP coordena o PPI Internet Avançada, que visa a execução de projetos de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico para evolução da ciberinfraestrutura avançada e o suporte a aplicações distribuídas. Análise dos dados de rede, novos padrões nas comunicações móveis e blockchain são alguns dos temas desses projetos.  

Além desse PPI, a instituição também coordena o PPI Saúde Digital, que busca iniciativas que apoiem o desenvolvimento e a adoção de tecnologias digitais, com uma abordagem interdisciplinar, para as ciências da saúde, em temas como aceleração da capacidade de Recursos Humanos para prática digital da saúde, ciberinfraestrutura para ensino e pesquisa em saúde digital e corpo de conhecimento em saúde digital.  

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa tem 3 projetos em PPI em andamento: Brasil 6G, 5G-in-a-box e OpenRAN@Brasil.  

Redes nacionais de 6G podem impactar positivamente na segurança pública, agronegócios e nas aplicações de cidades inteligentes  

Atualmente na segunda fase, o projeto Brasil 6G desenvolve soluções avançadas para redes de comunicações móveis de 6ª geração para o setor de telecomunicações no Brasil, por meio de pesquisa científica. Os mais diversos aspectos das redes 6G são cobertos pelo projeto, como arquiteturas de rede, técnicas de transmissão digital, inteligência artificial aplicada em telecomunicações, superfícies inteligentes, Internet das coisas, casos de uso e aplicações para redes 6G, entre outros. Além da RNP, fazem parte do projeto as seguintes instituições: CPQD, Inatel, Unicamp, UFRJ, UFU, UFG, UFC, UFPA e Unisinos.  

O primeiro resultado deste projeto de pesquisa consistiu no levantamento das principais aplicações vislumbradas para as Redes 6G: segurança pública em grandes centros urbanos; automação dos processos agropecuários; monitoramento ambiental, de fronteiras e segurança pública; acesso à Internet universal; e a duplicação de um ambiente real no meio virtual, viabilizando o monitoramento, gerência e análise de impactos de práticas, políticas e soluções em tempo real, antes de aplicação no cenário real (como cidades inteligentes e indústrias). 

Com base nos casos de uso que foram identificados, o grupo de pesquisadores do projeto Brasil 6G realizou um levantamento de requisitos que deverão ser suportados pela Rede 6G para atender as verticais mais relevantes para o cenário nacional.  

“O atendimento destes requisitos é uma tarefa desafiadora e que demanda agregar novas funcionalidades à rede móvel. Além de prover suporte às comunicações, a rede 6G deve oferecer a capacidade de sensoriamento, mapeamento e posicionamento para atender todas as demandas das famílias de aplicações analisadas”, diz Iara Machado, diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP.  

As demonstrações previstas para serem executadas sobre esta plataforma permitirão avaliar a eficácia da rede em prover soluções para diferentes classes de serviços, atendendo requisitos variantes no tempo e de diferentes naturezas (vazão, latência, confiabilidade, número de usuários, etc.). Essa fase será executada até o início de 2024.  

Estudo pode viabilizar a integração entre as bases de dados do Eduroam e redes 5G 

O projeto 5G in-a-box realiza pesquisa e desenvolvimento de um equipamento para criação de rede 5G privativa, release 16 (standalone) utilizando uma única caixa, composta por uma estação rádio base (gNode), núcleo 5G, ou 5G core (5GC) e aplicação VoNR (Voice over new radio). O projeto é uma parceria entre RNP e Inatel.  

A primeira fase do projeto teve como resultado um equipamento funcional composto por ERB 5G e NRM (Núcleo da Rede Móvel) integrados, com ERB irradiando um sinal de downlink de baixa potência para cobrir áreas indoor. Também foram realizados testes de validação e demonstrações de campo da solução 5G-in-a-Box para aplicações indoor.  

A segunda fase do projeto, iniciada no final do primeiro semestre de 2022, desenvolveu a solução 5G-in-a-Box para operação em micro células na banda de 3,5 GHz e em outra banda a ser definida, com conclusão prevista para 2023. Essa etapa também contempla um estudo de soluções para viabilizar a integração entre as bases de dados do sistema Eduroam e as redes 5G. 

OpenRAN@Brasil estruturará uma nova arquitetura baseada em redes abertas móveis de acesso 

O OpenRAN@Brasil envolve pesquisa e desenvolvimento de partes de uma rede OpenRAN 5G, incluindo o controle inteligente de redes de acesso e suas aplicações, toda a orquestração e gerenciamento da rede e controle inteligente de outros segmentos dela, como o transporte óptico no backhaul, midhaul e fronthaul e o desenvolvimento de uma unidade de rádio 5G aderente aos requisitos definidos pela O-RAN Alliance (O-RU 5G) para uso em macrocélulas na banda de sub-6GHz. Atualmente, está na fase de implantação de testbed com ponto em Campinas (SP) e no Rio de Janeiro. 

 RNP, CPQD, Inatel, Eldorado, UFPA, UFCG, UNISINOS, UFG, UNICAMP, UFF, UFRGS e UFRJ são as instituições envolvidas com o programa.  Dentre as atividades planejadas pelo  OpenRAN@Brasil em sua primeira fase, destacam-se os estudos e desenvolvimento realizados até então para provisionamento da infraestrutura do testbed. “Foram realizados estudos técnicos focados nos desenhos da infraestrutura e equipamentos necessários para sua montagem. O processo de aquisição dos servidores, pilha de software para controle da RAN e demais equipamentos foi iniciado”, explica a diretora.  

A segunda fase do OpenRAN@Brasil tem por objetivo a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação em componentes tecnológicas relevantes da arquitetura OpenRAN1, portanto, trata-se da continuidade do projeto da primeira fase. O principal objetivo é a pesquisa e o desenvolvimento de uma unidade de rádio 5G aderente aos requisitos definidos pela O-RAN Alliance (O-RU 5G) para uso em macrocélulas na banda de sub-6GHz. A O-RU 5G a ser desenvolvida terá como pontos norteadores: o baixo custo, a alta programabilidade e o atendimento de nicho de mercado relevante para o desenvolvimento do País. 

O projeto também abordará a PD&I nas camadas de inteligência na rede de acesso rádio (Radio Intelligent Controller – RIC) e em aspectos de cibersegurança da arquitetura OpenRAN. 

Mais informações sobre o PPI, bem como o que fazer para aportar recursos, estão nesse link.