“Phishing”, “ransomware”, “malware”, “vulnerabilidades”, “riscos”… Esses são alguns dos termos com os quais, mesmo em 2023, empresas e gestores ainda não estão tão familiarizados. Segundo a pequisa Global Cybersecurity Outlook 2023, da World Economic Forum em parceria com a Accenture, somente 27% dos líderes de negócio acreditam que estão preparados para ataques cibernéticos. No entanto, enquanto áreas de segurança estão ainda em desenvolvimento, as ameaças mantêm-se em rápida evolução.
A segurança da informação exige dos profissionais aprendizado constante e a capacidade de se adaptar a novas tecnologias, resolver novos problemas e prever novos riscos. Enquanto atacantes precisam achar apenas uma brecha, profissionais da cibersegurança têm que proteger e monitorar sistemas de ponta a ponta. Por isso, essa é uma área em cheia de oportunidades, com um grande potencial de crescimento.
Só no Brasil, segundo dados do International Information Systems Security Certification Consortium (ISC)², temos pelo menos 300 mil vagas não preenchidas na área de cibersegurança. Nesse contexto, nasce o programa Hackers do Bem, que trabalha em diversas frentes para revolucionar a área de segurança no país, fomentando o ecossistema com soluções criativas e conectando profissionais prontos para atuar em cibersegurança com oportunidades nos mais diferentes nichos de mercado. O programa tem a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e o Senai-SP como executores no Programa Prioritário Nacional de Inovação (PPI) da Softex, com recursos da Lei de TICs.
Capacitação de qualidade com os selos do Senai e da Escola Superior de Redes
Uma das propostas do Hackers do Bem é a de diminuir o gap entre vagas e profissionais capacitados em cibersegurança. Portanto, o programa ofertará oportunidade de aprendizado para pelo menos 30 mil alunos se profissionalizarem gratuitamente.
A formação é aberta para estudantes do ensino técnico, médio e superior, profissionais da área de tecnologia que buscam especialização e profissionais que procuram migrar de área. O Hackers do Bem tem como objetivo desenvolver recursos humanos em cibersegurança, portanto, não é necessário ter experiência para se inscrever na formação.
O programa tem cinco trilhas mapeadas: os cursos nivelamento, básico, fundamental, especializado e a residência tecnológica. A formação será totalmente online. A plataforma virtual de aprendizado do Hackers do Bem contará com videoaulas, quizes, animações, aulas ao vivo e exercícios teóricos e práticos com a utilização de simuladores.
As inscrições logo serão abertas e o registro de interesse pode ser feito pelo site hackersdobem.rnp.br.
Apoio a projetos de inovação e pesquisas na área de cibersegurança: Novas soluções para combater cibercriminosos
Outra frente do Hackers do Bem é a de apoio a projetos de inovação. O programa abrirá chamadas para projetos de PD&I em cibersegurança, para que laboratórios de pesquisa e startups desenvolvam novos produtos e serviços. Algumas das áreas de interesse são: segurança em computação na nuvem, criptografia, prevenção e detecção de ataques, threat intelligence, privacidade e governança de dados pessoais e gerenciamento de acesso e de identidade. A RNP ainda disponibilizará seus serviços de experimentação – testbeds – para as etapas de avaliação dos projetos.
Além disso, com o propósito de conectar diferentes atores do ecossistema de inovação, serão realizados eventos para alunos e profissionais. Estão previstas competições em cibersegurança baseadas em cenários de ataque e defesa, além de hackathons para o desenvolvimento de projetos práticos em segurança e workshops anuais voltados para educadores, com o objetivo de promover a definição de referenciais de formação de cursos de graduação, pós-graduação lato sensu e mestrado profissional em cibersegurança.
Conectando todos os atores do ecossistema: Hub Nacional de Cibersegurança do Hackers do Bem
O Hackers do Bem pretende, além de tudo, construir um Hub Nacional de Cibersegurança, cuja meta é a de fortalecer o ecossistema brasileiro. O Hub será um local com interação e integração entre instituições, governo, reguladores, fomentos, empresas, startups, alunos e associações, contribuindo para que o Brasil tenha uma indústria de cibersegurança forte e inovadora, de alto nível e retendo talentos.
Do ensino à prática, até a conexão entre oportunidade e recém-formado, o Hackers do Bem é um programa que pretende revolucionar a área de cibersegurança no Brasil, ao tratar o tema levando em conta sua profundidade. Educação, prática, inovação e conexão são algumas das palavras que podem definir a iniciativa.
O impacto do Hackers do Bem para o país é grande. O programa contribui diretamente para o problema do déficit de profissionais em cibersegurança no mercado. A capacitação permitirá a atuação de novos profissionais especializados em diferentes setores econômicos e sociais no país, resultando em produtos e serviços mais seguros. A frente de inovação do programa Hackers do Bem visa contribuir, ainda, para fortalecer a indústria e alimentar a produção de conhecimento nesse setor que cresce ano a ano.