A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) agora faz parte, oficialmente, da Rede Blockchain Brasil (RBB), uma iniciativa nacional para a criação de uma infraestrutura pública de blockchain. Lançada no dia 30/5, o projeto é fruto da parceria entre Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Tribunal de Contas da União (TCU), e conta com a participação de outras organizações do ecossistema público.
A Rede Blockchain Brasil pretende mobilizar esforços para garantir mais transparência dos dados públicos, além de segurança e confiabilidade. A rede será pública, sem fins lucrativos e com abrangência nacional, e conectará as instituições participantes com o objetivo de suportar o uso da tecnologia blockchain em soluções de interesse público.
Tendo em seu portfólio soluções como o Diploma Digital, que, desde 2020, permite registrar a versão digital de diplomas acadêmicos em redes blockchain, a RNP quer participar ativamente da Rede Blockchain Brasil para facilitar a aplicação desta tecnologia nas áreas de pesquisa e educação.
A adesão da RNP também contribui para aumentar a confiabilidade da rede, segundo o diretor adjunto de e-Ciência e Ciberinfraestrutura, Leandro Ciuffo. Com a RBB, toda solução de interesse público que utilizar a rede terá seus dados distribuídos nos recursos computacionais dos participantes do projeto, que possuem a função da validação das transações, o que contribui para a descentralização e integridade da informação.
“É importante ter uma diversidade de instituições. Quanto mais diversificadas as instituições participantes, melhor, menor a concentração de poder. A participação da RNP, além de contribuir com as discussões no universo da pesquisa e ensino e ser uma porta de entrada para aplicações desenvolvidas por universidades e centros de pesquisa, também soma nesse objetivo de descentralização”, explica.
Nos próximos meses, a Rede Blockchain Brasil entrará em fase de construção dos regulamentos e governança da rede. Após este processo, a rede começará o processo de pré-produção. A previsão é de que, em aproximadamente um ano, a rede esteja disponível para a comunidade.